Nascer psicologicamente

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Nascer psicologicamente

Coordenado por Cristina Gouveia.

“No útero tudo estava pronto. Tudo que tínhamos a fazer era nadar no ambiente favorável. A surpresa foi que o crescimento além de um certo limite pôs termo ao inquilinato. Tivemos que sair e querendo ou não, tivemos que aprender a traçar o nosso próprio caminho num mundo menos solicito.
A partir do nascimento, com o corte do cordão umbilical nos tornamos um ser separado, procurando a união com o outro de mim, mas nunca mais voltamos ao “paraíso original”
Ainda assim temos a oportunidade de restaurar o TAO e “retornar” a nossa terra natal.
Existem muitos caminhos para retornarmos a ela. Quando nos conectarmos com a natureza, nossa alma estará presente e poderemos estar iluminados e no eixo.
Perguntas para refletirmos: Simbolicamente, em quantos úteros residimos ao longo de nossa vida? Que situações nos deixam confortáveis ao ponto de permanecermos ali?

REFLEXÃO:

“Quando pensamos em nascimento, imaginamos apenas que este evento, é um momento celebrado por todos.
Na verdade, este instante de eternidade, mexe com muitas coisas dentro e fora de quem já passou por isso.
Viver um nascimento é algo perturbador, pois não é vontade de ninguém sair de um castelo todo equipado com tudo que se precisa, para se lançar num ambiente desconhecido e cheio de surpresas.
Não tem jeito! Precisamos nascer. É preciso respirar e entender que já não somos mais uma pequena gota de luz.
Encarando essa verdade, passamos a tentar viver uma suposta liberdade que por vezes cria novos úteros em que precisamos morar para tentar nos proteger.
É assim o ciclo da nossa vida. Muitas vezes temos medo de nascer para situações novas e nos lançarmos, rumo ao desconhecido que o novo traz, somente pelo receio de não sermos acolhidos.
Se percebermos que podemos restaurar o nosso TAO, com presença e confiança, enfrentando os desafios da caminhada, conseguiremos retornar a nossa terra natal que é o estado de tranquilidade do nosso primeiro refúgio, ou seja, nosso castelo inicial.

Continuaremos a discutir este tema no próximo encontro. Até lá!

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